Obesidade infantil em AL: sobe taxa de jovens de 10 a 19 anos com excesso de peso
30% das crianças e adolescentes de AL têm excesso de peso G1 Uma em cada três crianças e adolescentes de 10 a 19 anos em Alagoas têm excesso de peso, segu...

30% das crianças e adolescentes de AL têm excesso de peso G1 Uma em cada três crianças e adolescentes de 10 a 19 anos em Alagoas têm excesso de peso, segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Em dez anos, a taxa de sobrepeso nessa faixa etária subiu de 23% para 30%. No Brasil, o percentual é de 32%. Entre crianças com menos de 5 anos, o índice caiu de 40% para 36%, entre 2014 e 2024, mas mesmo com a redução, a taxa ficou acima das médias nacional, de 32%, e do Nordeste, de 35%. De 5 até 9 anos, o índice em Alagoas é de 29%. A situação é alarmante, segundo especialistas ouvidos pelo g1; eles afirmam que excesso de peso nos anos iniciais da vida adulta pode aumentar o risco de doenças cardíacas, diabetes e Acidente Vascular Cerebral (AVC), que são algumas das principais causas de mortes no país. O pediatra Marcos Gonçalves, Presidente da Sociedade Alagoana de Pediatria, afirma que o diagnóstico de desnutrição ou obesidade é feito com base no Índice de Massa Corporal (IMC) da criança ou adolescente, comparando o resultado com curvas de referências para a idade. "A gente tem as curvas de crescimento. Curvas de peso também daquela criança. Para cada idade tem um peso que a gente espera que seja o mínimo e o máximo. Abaixo do mínimo a gente chama de desnutrição ou baixo peso e acima daquela curva a gente chama de obesidade ou peso exagerado", disse o médico. A obesidade infantil é um desafio de saúde pública e tem crescido de forma acelerada nas últimas décadas. As projeções do Atlas Mundial da Obesidade apontam que, se nenhuma medida eficaz for adotada, 40% das crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos no Brasil estarão com sobrepeso ou obesidade em 2035. Leia também: No Brasil, um em cada três adolescentes de 10 a 19 anos já tem excesso de peso Desafio de saúde pública O SISVAN é uma ferramenta de monitoramento da situação alimentar e nutricional das famílias atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O levantamento revela que a obesidade infantil está relacionada ao consumo elevado de alimentos ultraprocessados, hábitos alimentares inadequados, como comer enquanto assistem à TV ou mexem no celular e sedentarismo. Entre crianças e adolescentes de 10 a 19 anos, os dados são alarmantes: Hábito de realizar as refeições assistindo à televisão: 64% Consumo de alimentos ultraprocessados: 82% Consumo de hambúrguer e/ou embutidos: 45% Consumo de bebidas adoçadas: 62% Consumo de macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados: 50% Consumo de biscoito recheado, doces ou guloseimas: 54% Alguns hábitos saudáveis são mantidos: Hábito de realizar no mínimo as três refeições principais do dia: 86% Consumo de feijão: 88% Consumo de fruta: 74% Consumo de verduras e legumes: 64% Prevenção da obesidade e mudança de hábitos O Ministério da Saúde disponibiliza três guias gratuitos para ajudar na prevenção da obesidade com hábitos saudáveis: Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos Guia Alimentar para a População Brasileira Guia de Atividade Física para a População Brasileira Infográfico - Raio-x da obesidade infantil no Brasil arte g1 Saiba os perigos da obesidade infantil Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL Veja mais notícias da região no g1 AL